CULPA x PRIORIDADES x MATEMÁTICA

 Olá!

Em Buri a história é sempre a mesma: Todas as dificuldades que uma nova administração enfrenta, imputa a responsabilidade a anterior. JD culpou Everaldo, Jorge o JD e Ú, agora, o Jorge. Diz que vai prender o “Risadinha” e contratou até um secretário para tanto.

É fato que tal estratégia funciona nos primeiros meses de governo, afinal a população sente piedade pelo prefeito eleito, que teria herdado a prefeitura falida, blas, bla, bla...

Mas o tempo passa e a paciência esgota (15 meses!).

Já conhecemos o problema, queremos agora as soluções e estas não se limitam a asfalto, fruto de convênios e verbas  conquistados pelo governo anterior e sói agora creditados nos cofres locais.

Buri é materialmente pobre. Em razão disso necessita de investimentos no que há de mais fundamental: Saúde e educação!

A importância da Educação dispensa comentários, mas se trata de investimento a médio e longo prazo, já que seus resultados serão apurados após a formação de nossos pequenos, considerando que em nosso município as ações educativas visam tão somente as crianças.

Não se olvide que várias doenças e moléstias verificadas na Capital da Amizade são frutos da ignorância de uma população extremamente carente, mas a Saúde não pode hibernar no aguardo de que nossos índices educacionais progridam.

Em suma, a Saúde exige investimentos imediatos para atenuar o sofrimento dos ATUAIS doentes e, neste compasso, focar os “esforços” municipais na aquisição de ambulâncias para baldear os pacientes para a rede pública de outras cidades (incluindo urbes horas distantes), não se mostra como um projeto sério e idôneo da administração Ú Fonseca.

Pode ser barato, mas não é humano e eficiente.

O Solteirão Global e seu séquito, incluindo alguns de intelecto questionável, alardearam pela cidade que o ex-prefeito teria recebido R$ 250.000,00 para ampliação do hospital, só empregado parte da verba na construção, não a terminando,  e desviado o remanescente. Fato grave, não duvide, que deve ser investigado e, se confirmado, punido.

Porém, tal situação não pode servir de entrave vitalício para a ampliação, ou melhor, REATIVAÇÃO de nossa modesta rede hospitalar.

Seguindo este raciocínio me questiono: Por que aplicar recursos em obras que nada têm de prioritário?

Não vou criticar as obras de recapeamento, pois são frutos de verbas específicas repassadas para nosso município, com exceção do aneÚ viário que se utilizou de vultuoso recurso próprio.

O que não me convence é a ridícula é a estapafúrdia obra da praça 9 de julho (da Matriz).

Se o resultado será bom, bonito, útil para as quermesses, isto não me interessa, pelo menos por enquanto, o que eu indago é por que gastar dinheiro em benfeitorias voluptuosas se nosso “hospital” urge por necessárias?

Entenda-me:

O piso intertravado de concreto que está sendo lentamente colocado na praça custa em média R$ 25,00 o metro quadrado , portanto, considerando a superfície da praça, que eu estimo em 4000 metros quadrados, só em pisos serão gastos R$ 100.000,00, sem contar, é claro, a mão-de-obra.

Já no que tange a quadra (que não é poli-esportiva, pois o prefeito proibiu, e ele mesmo fiscaliza, a prática do futebol), o custo de sua concretagem, utilizando concreto fck 25, seria de aproximados R$ 120.000,00.

Opa! Já temos R$ 220.000,00.

Quanto gastaram com o concreto do estacionamento em 45 graus? Você nem imagina quanto custa um poste de iluminação daqueles da quadra (são seis!). E o valor do ladrilho hidráulico, mão de obra, terraplanagem, tabelas, guias, areia,etc.?

Não precisa muito esforço para concluir que os 15 meses de reforma da praça 9 de Julho consumiram BEM MAIS que os R$ 250.000,00 que seriam necessários para a construção da nova ala hospitalar!

Outra questão: Com o valor de ”trocentos” caminhões e carros adquiridos, quantos leitos e salas de aula construir-se-iam na pobre Buri?  

Como já disse noutro post, há pessoas que precisam buscar no dicionário o significado da palavra PRIORIDADE e como sei que vários aspones acessam este blog, vou facilitar as coisas, segundo Michaelis: “pri.o.ri.da.de. sf (lat med prioritate) 1 Qualidade ou estado de primeiro; antecedência no tempo. 2 Precedência no tempo ou no lugar; primazia, preferência. 3 Direito de falar primeiro ou de ser atendido em primeiro lugar. (...)”

Todas as obras, melhorias e investimentos realizados em Buri serão bem-vindos, más há que respeitar as necessidades prioritárias de seu povo.

Abraço a todos e evitem ficar doentes!

Saraiva