Olá!
Acessando o site da prefeitura buriense o internauta se depara com o selo "Município Verde Azul" estampado no canto superior esquerdo da tela. A grosso modo, tal certificação significa que nossa cidade cumpre com 10 Diretivas Ambientais fixadas pelo Governo do Estado de São Paulo, sendo elas: Esgoto Tratado, Lixo Mínimo, Recuperação da Mata Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Habitação Sustentável, Uso da Água, Poluição do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho de Meio Ambiente.
O grande objetivo do programa, sem dúvida, seria a preservação ambiental, mas, na prática, a maioria dos municípios firmou o "Protocolo de Intenções" com o Estado de olho na prioridade de repasse de verbas, já que as cidades melhor ranqueadas no projeto têm preferência no recebimento de ativos. Sem problemas, sendo esta uma das hipóteses aceitáveis da máxima de que os "fins justificam os meios".
O que sinceramente questiono são os métodos adotados pelo Estado para acompanhar o cumprimento dos municípios às metas estabelecidas.
Acredito que se os mesmos fossem sérios nossa cidade, ante a atuação da atual administração, não faria jus a tal certificação.
Com efeito, nosso alcaide não deu continuidade a coleta seletiva de lixo. Falo isto porque no dias em que ocorre a coleta em minha casa testemunho tanto os detritos orgânicos quanto os recicláveis indo para o mesmo compartimento do caminhão de lixo, embora eu os coloque em sacos distintos.
Na mesma senda, acredito que nunca se viu na história de Buri um ataque tão implacável contra a arborização urbana. Primeiro foram os arcos da Av. Dom Pedro II e Rua Cel. Licínio, depois a saudosa Praça da Matriz e agora as árvores do passeio público. Ontem foram cortados os frondosos pés de ficus que margeavam as casas da "Rua da Feira". Neste particular acredito que até os membros da UAB (lembrando: Uzistas Apaixonados Burienses) vão concordar que a medida “enfeiou” o logradouro.
E nossos cursos d'água? Ano passado a prefeitura iniciou obras margeando o Córrego da Biquinha (diz-se que seria para a construção de uma futura avenida), chegando a mudar o curso do córrego em um de seus trechos. Atualmente as mesmas encontram-se embargadas por falta de licenciamento dos órgãos ambientais.
Ano passado, ao praticar mais um ato de perseguição contra mim, o alcaide desviou águas pluviais que desciam pela sarjeta da Av. Paschoal Spalutto que agora correm junto a minha cerca. Resultado: erosão e assoreamento do córrego existente próximo ao asilo. Nesta mesma avenida, desde que a ponte caiu, há 17 meses, um cano rompido despeja (ou ao menos despejava) esgoto sem qualquer tratamento no degradado Córrego da Biquinha.
Outra coisa: Alguém ouviu falar em qualquer ação da prefeitura no sentido de recuperar a mata ciliar outrora existente em nossa cidade? Existe na Capital da Amizade um viveiro municipal de mudas?
Em resumo, não precisa ser um Saraiva chato como eu para perceber que nada, ou quase nada, está sendo feito em nossa cidade para se preservar o meio ambiente e justificar a outorga do título de “Município Verde Azul” a Buri.
E pensar que o Partido Verde apoiou o Garoto do Fantástico, faz parte da bancada governista na Câmara e gere a Secretaria Municipal do Meio Ambiente!
Se o Executivo Municipal continuar a concentrar seus esforços exclusivamente em asfalto e concreto, só nos sobrará o verde pintado nas fachadas dos prédios públicos e o azul do tubarão...