Mas não é só.
Os cortes de gastos em tal setor atingiram ao menos três instituições e um projeto social local: A ABDC (Associação Buriense de Defesa da Cidadania), a APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), o Lar São Vicente de Paulo (Asilo de Idosos) e a Equipe de Jiu-Jitsu do Professor José Luiz.
Apesar de em Buri nem sempre as boas notícias serem divulgadas pelo telefofoca (ao contrário do que ocorre com as nuanças íntimas da vida alheia), creio que todos sabem a função ou o trabalho desenvolvido por cada uma das entidades citadas.
Segundo fontes secretas saraivianas, imiscuidas em todos os patamares do poder, algumas delas bem confiáveis, a combatente ABDC está sem receber repasses municipais desde fevereiro do corrente. A recém saqueada APAE recebeu o último repasse em maio. O Asilo não viu a cor do dinheiro nos meses de Junho e Julho, mas está tentando comover o Alcaide para que retome os pagamentos. Já o vitorioso Jiu-Jitsu buriense não se lembra de ter recebido qualquer recurso, incentivo ou apoio da atual administração, sendo que só não emigrou de vez para a vizinha Taquarivaí porque, pasmem, encontrou apoio na paupérrima ABDC.
Caro leitor, consigne-se que os aludidos repasses, ora suspensos (espero, pois interrompidos seria muita falta de compaixão), são prescritos por leis municipais e previstos nas respectivas dotações orçamentárias.
Ademais, ora! O mínimo que se espera de um político que preza tanto o amor, ao ponto de se expor em rede nacional para conseguir uma companheira, são atos de compaixão com os pobres, velhinhos e crianças especiais.
Ademais, ora! O mínimo que se espera de um político que preza tanto o amor, ao ponto de se expor em rede nacional para conseguir uma companheira, são atos de compaixão com os pobres, velhinhos e crianças especiais.
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É claro que Buri quer crescer (e precisa), mas a que preço?
Asfalto tinindo (mesmo que fruto de convênios anteriores), frota renovada e expandida, praças reconfiguradas (ou desconstruídas), estacionamentos para happy hours, vistosas faixas amarelas, banco soterrado, árvores amputadas e outras obras polêmicas em nada melhorarão a outrora Capital da Amizade se não vierem acompanhadas de investimentos maciços no Social, e cortar subsídios das entidades supra mencionadas (algumas de utilidade reconhecida por lei estadual, como o caso da ABDC - Lei 13.517/09), bem como preterir a Saúde para investir em Máquinas, vai, de forma insana e suicida, contra tal assertiva.
Senhor Prefeito, se continuar a rechaçar a cidadania e o social é melhor investir na ampliação da cadeia local e esperar que mendigos apareçam em seus novos e reluzentes semáforos, afinal, o progresso está chegando...
Senhor Prefeito, se continuar a rechaçar a cidadania e o social é melhor investir na ampliação da cadeia local e esperar que mendigos apareçam em seus novos e reluzentes semáforos, afinal, o progresso está chegando...